Marca Pessoal é uma Construção | Como o Branding pode acelerar o seu sucesso? – R Gabriela

Consumidor

Neuromarketing

Crie memórias positivas para a sua marca e experiências únicas. Fale conosco agora mesmo!

Clique aqui

Digital

Credibilidade

Que tal um site bem estruturado e totalmente auto gerenciável? Solicite agora mesmo um orçamento.

Clique aqui

Branding

Sua marca fazendo história!

Crescer em seu nicho é possível investindo na sua Marca pessoal ou Corporativa! Solicite uma reunião e descubra que é possível.

E-commerce

Vendas online?

Tenha uma loja virtual faturando com uma estratégia adequada para o seu nicho.

Marca Pessoal é uma Construção | Como o Branding pode acelerar o seu sucesso?

No centro do seu ser você tem a resposta;
você sabe quem é e você sabe o que quer.

Lao-Tsé

Primeiro pilar: Sua Ancestralidade

Sou filha de uma baiana arretada que decidiu sair de um casamento abusivo depois de sete anos. Ela casou para sair da pobreza. Minha avó, vendia folhas na Feira de São Joaquim e não tinha um dos braços, perdeu ainda na infância no Engenho de Cana de Açúcar da família. Minha mãe é uma mulher preta retinta que, entre as poucas opções, escolheu fugir para uma outra cidade, em outro estado. E a escolha foi Brasília, no Distrito Federal. 

Por lá, em meados de 1979, dona Rosália, minha mãe, trabalhou limpando as salas do então Senado Federal, até o dia que lhe perguntaram o que mais ela sabia fazer além de manter seu pano de limpeza sempre tão branquinho, e ela conta que respondeu: tenho curso de parteira e sou atendente de enfermagem. 

Bom, 30 dias depois dessa pergunta, ela estava com uma portaria assinada para trabalhar no recém-inaugurado prédio da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), e ela, corajosa, decidiu aceitar o desafio de ir morar em uma aldeia com uma filha ainda bebê em meados de 1982.

Muito prazer, meu nome também é Kadiekê!

Poucas pessoas sabem, mas a minha primeira infância foi no Alto Xingu em Aldeias Xerente, Carajá e depois uma Krahô, na qual fui batizada, no estado de Tocantins, entre os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, que são afluentes da margem direita do Rio Tocantins, no meio do cerrado. Essa lembrança tem 38 anos, mas uma parte de mim ainda revive sempre que eu preciso me reencontrar. Tive o privilégio de ser amada por eles, vivenciar a sua cultura e ter um nome indígena. 

A cultura desempenha um papel fundamental na construção da marca pessoal de um indivíduo. Ela não se refere apenas ao pertencimento a um grupo étnico ou nacional específico, mas também à combinação única de valores, crenças, experiências e perspectivas que moldam a identidade de alguém. E isso foi um marco em minha trajetória.

Pois foi em um cenário cinematográfico, que vivi dos 9 meses até 4 anos em uma comunidade indígena. eles nos acolheram, minha irmã, eu e principalmente a minha mãe, que passou a ser vista como uma curandeira por eles. Uma mulher no meio do mato com suas duas filhas, convivendo com sucuris e onças. Acho que foi aí que eu entendi que existia uma heroína me criando.

E nesse sentido, a ancestralidade desempenha um papel importante na construção da marca pessoal, oferecendo uma base para a identidade, autenticidade, diferenciação, narrativa pessoal, conexões, inspiração e enriquecimento cultural. Ao abraçar e incorporar nossa herança ancestral, podemos fortalecer nossa marca pessoal e criar conexões significativas com os outros.

 

Valor é diferente de preço

E como é! 

Vou te  contar que com cinco anos de casada decidi fazer uma viagem internacional. Tiramos o passaporte, vencemos a ansiedade e fomos. Destino: Roma e Paris, isso virou uma meta e me mantive focada, de junho de 2018 até o dia do embarque em 06 de fevereiro de 2019. Durou 15 dias, sem falar nem mesmo inglês, com medo mesmo. Sonho realizado e uma nova mentalidade desobstruída: sim, posso empreender!

Mas precisei adoecer para perceber o óbvio. Era Gerente de Marketing, com  15 anos de experiência, em um bom emprego, com um ótimo salário, mas a felicidade não existia! 

Mal percebia a realidade do que vivia. Só quem já viveu essa sensação sabe do que estou falando. E só depois de uma burnout e algumas crises de síndrome do pânico me dei conta que estava fora do meu propósito ou missão como muitos chamam. Fiz um acordo no RH da empresa a contragosto do dono da empresa e com o dinheiro do acerto comecei o meu negócio. 

Networking fez diferença, ganhei a minha logo de uma agência que trabalhei e fiquei por anos. Mas tinha receio de não dar certo, aja terapia para a síndrome da impostora. 

Mas o que é dar errado? 

De fato empreender no Brasil é um grande desafio para nós mulheres. Foi difícil estruturar o meu plano de negócio, precificar e conhecer as obrigações legais. Um susto atrás do outro, até criar meus pacotes de atendimento. Primeiro consultoria mensal, depois mentoria e consultorias estratégicas. Demorei quase 1 ano para abrir o MEI e ter meus aliados. Depois veio uma contadora, um escritório de advocacia e os parceiros de negócios.

Foram muitos calotes e testes em relação a minha competência. Participei de inúmeros grupos de empreendedorismo feminino. Alguns praticavam a sororidade, outros estimulavam a competição. Ainda temos um longo caminho pela frente em relação à inclusão e diversidade no empreendedorismo.

E tijolo após tijolo, degrau após degrau, consegui sair da faixa de faturamento do MEI e tive que migrar para ME. Lembro que meu primeiro job foi uma loja de roupas, cobrei o equivalente a meio salário mínimo. A cliente exigia tanto. Mesmo assim encarei como aprendizado. E foi mesmo, estava mudando o mindset. Meio que sem acreditar no meu potencial. Me comportei muitas vezes como subordinada e não como uma empresária ou especialista. O não era coisa rara na minha boca. Fiz muita permuta e muitas vezes paguei para trabalhar. 

O problema disso era que mal percebia o meu valor. Nós mulheres, em sua grande maioria passamos por episódios  de discriminação de gênero, incluindo a falta de acesso a financiamento, investidores e redes de contatos. Isso pode tornar mais difícil expandir os negócios. Também passei por isso! 

Muitas vezes, caí na armadilha de pensar que o preço de algo era o único determinante de valor. No entanto, ao longo da minha jornada empreendedora, aprendi que esses dois conceitos são muito distintos. O preço é simplesmente o montante em dinheiro que meu cliente precisa desembolsar. Valor é subjetivo e pessoal, tive que voltar ao meu passado para entender o meu próprio valor. O empreendedorismo sempre correu em minhas veias.

 

Segundo pilar: Seu Autoconhecimento

Decidir empreender foi uma escolha corajosa, mas logo percebi que o caminho não seria fácil. Os desafios e as incertezas eram constantes, e muitas vezes me encontrava questionando minhas próprias habilidades e decisões. 

Foi quando, através de livros ( um em especial mais a frente vou falar dele), mentores e introspecção, comecei a explorar a fundo quem eu era como pessoa e como isso influenciava minha jornada empreendedora. 

Aprendi que o autoconhecimento era uma ferramenta essencial que iria me ajudar a navegar pelas águas turbulentas do empreendedorismo com mais clareza e confiança. Comecei a me questionar de forma profunda: 

 

  • Quais são meus valores? 
  • Quais são meus pontos fortes e fracos? 
  • Quais são meus objetivos pessoais e profissionais? 
  • Como posso alinhar minha paixão com meu empreendimento?

 

Ao explorar essas perguntas, descobri que não era apenas sobre entender minhas fraquezas, mas também celebrar minhas forças e paixões. Isso me permitiu tomar decisões mais alinhadas com quem eu era, em vez de me conformar com as expectativas alheias.

Acredito que quando uma mulher empreendedora se conhece profundamente, ela desbloqueia um potencial incrível para criar um negócio que não apenas prospera, mas também a realiza em todos os níveis. Viver meu propósito é ajudar empreendedoras a descobrir que o seu poder pessoal é incrível. Sim, o autoconhecimento é uma bússola que me guiou em meio às incertezas, a âncora que me manteve firme diante dos desafios e a fonte de confiança que me impulsionou a seguir em frente, sabendo que, independentemente do resultado, eu estava alinhada com minha verdadeira essência.

 

Terceiro pilar: sua essência

“Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar”. Carl Gustav Jung

A citação de Jung é um lembrete importante de que para se curar é preciso primeiro conhecer a si mesmo, e para conhecer a si mesmo, necessitamos de coragem e vontade, jornadas internas, podem ser muito longas e intensas. Mas a certeza do meu despertar para empreender aconteceu quando ganhei um livro: O Herói e o Fora da Lei, escrito por Margaret Mark e Carol S. Pearson. 

Os arquétipos e a sua influência no imaginário coletivo. Ao ler este livro, descobri padrões de comportamento e personalidade.Eles ajudam a criar uma atmosfera cativante para sua marca, tornando-a memorável e envolvente. Na minha mentoria eu convido as mulheres a se reconectar com a sua trajetória seguindo oito passos. Vou te mostrar nesse capítulo como construir sua Marca Pessoal de forma memorável em oito passos:

  1. Descubra Sua Autenticidade: Reflita sobre seus valores, interesses e experiências únicas. Utilize recursos como o livro “O Poder do Hábito” para identificar padrões em sua vida.
  2. Defina Seus Valores: Avalie suas áreas importantes da vida e identifique seus valores fundamentais usando ferramentas como a Roda da Vida. Liste seus princípios e mantenha-os em mente ao tomar decisões.
  3. Construa Sua Narrativa: Estruture histórias que destaquem suas habilidades e experiências usando o método STAR. Mantenha um diário para registrar momentos significativos.
  4. Crie Conteúdo Valioso: Identifique tópicos em alta demanda usando ferramentas como o Google Trends e compartilhe conteúdo que reflita seus valores e interesses.
  5. Mantenha a Consistência: Planeje e mantenha um fluxo regular de postagens usando calendários de conteúdo. Use plataformas de gerenciamento de mídia social para programar postagens.
  6. Networking Autêntico: Conecte-se com pessoas relevantes em sua área através de redes como o LinkedIn. Participe de eventos e conferências online, sendo autêntica e oferecendo ajuda sempre que possível.
  7. Mostre Sua Paixão: Compartilhe suas paixões e conhecimentos através de blogs, podcasts ou vídeos. Junte-se a grupos de discussão online relacionados aos seus interesses.
  8. Celebre Suas Conquistas: Acompanhe suas realizações usando aplicativos de registro de metas. Compartilhe suas conquistas nas redes sociais para inspirar e motivar outras pessoas.

A essência na marca pessoal é a base sobre a qual você constrói sua identidade e reputação. Ela engloba paixões, talentos, propósito e experiências de vida, e é fundamental para criar uma marca pessoal autêntica e impactante. Conhecer e expressar sua essência de forma consistente e coerente é essencial para construir uma marca sólida e duradoura.

No início dessa história, eu te contei que já enxergava a dona Rosália como a minha heroína, naquelas aldeias, com duas filhas alojadas em seu corpo, quase uma alegoria. Posso dizer que rompi com as barreiras da minha ancestralidade sendo a primeira em nove gerações, que conseguiu ter acesso a formação de ensino superior e tantas outras oportunidades. 

Minha bisavó vendia ervas na Feira de São Joaquim, ou seja, já empreendia cerca de 90 anos antes de mim. Uma neta de escravos alforriados, que vendiam quitutes na Bahia. Elas fizeram isso por necessidade, principalmente de sobrevivência e para conseguir o bem mais precioso que existe: Liberdade.

Minha história pessoal, enraizada na força de minha mãe e de minhas ancestrais, me inspira a ajudar outras mulheres empreendedoras a descobrirem e fortalecerem suas próprias jornadas por meio de uma estratégia de branding/marca. Ser mentora nunca esteve nos meus planos. Mas, aprendi que muitas vezes temos que seguir o nosso coração. Me sinto honrada em poder ser uma guia para muitas mulheres.Esse capítulo é uma homenagem às mulheres que vieram antes de mim e uma inspiração para aquelas que estão trilhando seu próprio caminho. Meu convite é: 

Deixe a sua marca no mundo!